Imaginem esta cena simples: você vê um novo anúncio e corre para a sua loja favorita comprar novos produtos, pega dois do mesmo produto e cada um tem uma aparência completamente diferente e ambas não se parecem com o que foi anunciado. Cores, tipografias e marcas diferentes... mesmo amando aquele produto você vai ficar em dúvida se esta comprando o original ou alguma falsificação.
O termo "design language" tem sido bastante usado para descrever a linguagem visual que compõem uma experiência de uma marca ou produto, tudo isso com o objetivo de estabelecer eficiência e consistência na comunicação com os usuários. E lembre-se: eficiência e consistência são duas coisas diferentes. Dentro do contexto de marketing e branding, a diferença é a seguinte:
Eficiência: Refere-se à capacidade de realizar uma tarefa, atividade ou processo de forma rápida, precisa e com o menor desperdício de recursos possível. A eficiência está relacionada a alcançar os objetivos da campanha ou estratégia de forma econômica, utilizando os recursos disponíveis da melhor maneira possível. Isso pode incluir o uso eficaz do orçamento, do tempo e dos esforços para atingir metas específicas, como melhorar o reconhecimento da marca.
Consistência: Refere-se à capacidade de manter uma mensagem, identidade ou experiência uniforme ao longo do tempo e em diferentes pontos de contato com o público. No branding, a consistência envolve garantir que todos os elementos da marca, como o tom de voz, o design, os valores e a experiência do cliente, sejam coesos e reconhecíveis em todas as interações com a marca. Isso cria confiança e familiaridade com a marca ao longo do tempo, o que pode levar a uma maior fidelidade do cliente e um vínculo emocional mais forte com a marca.
Em resumo, a eficiência no branding refere-se a alcançar os objetivos de forma econômica, enquanto a consistência envolve manter uma mensagem e identidade de marca uniformes ao longo do tempo para construir confiança e familiaridade com o público-alvo. Ambos são importantes para o sucesso a longo prazo .
Então, sim, seria absurdo imaginar que em um produto, cada etapa da experiência teria cores, tipografias, formas e outros elementos de marca diferentes.
Somos, de certa forma, grandes cultivadores de símbolos, os quais, por sua vez, são convenções sociais. Grande parte desse repertório simbólico é expresso através da linguagem, verbal e não verbal, refletindo costumes, tradições, princípios e valores. Quando uma marca atribui novos significados, ela está buscando proporcionar novas experiências.
As marcas mudam sua linguagem porque a sociedade muda, e a sociedade muda porque os comportamentos sociais mudam, e os comportamentos mudam porque estão sob a influência de várias formas de interação.
Agora, vamos abordar uma pergunta fundamental: quais problemas o design language vai resolver?
Entenda que sua existência não se resume a corrigir inconsistências visuais; vai muito além disso. As razões para sua necessidade podem variar, mas sempre voltam aos seguintes pilares:
Posicionamento: Sua segmentação e diferenciação de mercado devem refletir seu posicionamento.
Consistência: Garantir que negócios, designs e tecnologias estejam alinhados, coerentes com as propostas e fundamentos da marca.
Eficiência: Como garantir que o tempo entre a concepção de um produto e seu lançamento no mercado seja otimizado?
Direcionamento: Implementar direcionamento de comunicação vai além de criar processos; envolve criar critérios, controlar a qualidade das operações e manter um relacionamento eficaz entre as partes envolvidas.
Em resumo, criar uma nova linguagem é criar cultura — e isso é um investimento que leva tempo.